Crónica: Boavista vence e 'afunda' ainda mais o Estoril Praia

A derrota complica ainda mais a situação do conjunto estorilista, que se mantém no último lugar da tabela classificativa, com 21 pontos, os mesmos que tem o Paços do Ferreira, que, porém, joga apenas no domingo, na receção ao FC Porto.

O Boavista ocupa a sétima posição e 'colou-se' ao Chaves, sexto classificado, somando ambos 36 pontos, sendo que os flavienses também apenas entram em ação no domingo.

O triunfo boavisteiro chegou tarde e foi sofrido, mas justificou-se, porque a equipa treinada por Jorge Simão foi quase sempre melhor e teve mais ocasiões de perigo e de golo.

O primeiro momento de perigo aconteceu junto à baliza estorilista, aos 12 minutos, e depois de um livre lateral, aos 12 minutos, matéria em que os 'axadrezados' têm provas dadas.

Em situação aflitiva, o Estoril lutou muito a meio campo, procurando condicionar a primeira fase de construção boavisteira através de uma pressão intensa dos seus médios, mas, por outro lado, sentiu dificuldades para se aproximar da baliza de Vagner.

Foi já depois dos 20 minutos, com um remate por alto do central Halliche, que o Estoril se 'mostrou' a nível ofensivo.

O Boavista tentou forçar o andamento e neutralizar qualquer veleidade atacante do conjunto visitante, tendo-o conseguido algumas vezes, mas também não foi capaz de incomodar verdadeiramente o guardião Renan Ribeiro

Aos 43 minutos, Mateus introduziu a bola na baliza de Rena Ribeiro, mas o lance foi anulado por alegada posição irregular do atacante 'axadrezado'.

Na segunda parte, o Boavista entrou forte, pressionante e dominador e, durante cerca de 15 minutos, o Estoril viu-se em apuros ante o caudal ofensivo contrário.

Mateus rematou forte e falhou o alvo por pouco aos 47 minutos e, pouco depois, não quis ser egoísta e tentou oferecer o golo a Yusupha, mas essa indecisão foi suficiente para a defesa do Estoril recuperar, intercetar o passe para o internacional da Gâmbia e, assim, poupar a um possível golo.

A pressão boavisteira afrouxou por volta dos 60 minutos e o Estoril aproveitou, passou a ter mais bola, e sentiu-se confiante para lançar alguns ataques, que contudo não foram além de um ou outro sobressalto para a baliza de Vagner.

Jorge Simão foi expulso aos 75 minutos, alegadamente devido a um desabafo, e numa altura em que os jogadores e alguns adeptos boavisteiros manifestavam nervosismo, porque o nulo persistia, o Estoril teve a sua grande ocasião de golo.

Esse lance nasceu de uma bela assistência de Lucas Evangelista para Bruno Gomes, que se isolou e atirou fraco e para as mãos de Vagner.

O momento-chave do jogo chegou quando Yusupha, aos 81 minutos, caiu após uma disputa direta com Dankler, tendo o árbitro considerado haver razão para assinalar penalti.

A falta não foi logo cobrada, porque o juiz decidiu esperar pelo videoárbitro, depois foi ele próprio visionar o lance e, por fim, manteve a decisão, apontando para a marca de grande penalidade, que David Simão transformou fazendo o resultado final e garantindo, assim, a quinta vitória caseira seguida do Boavista.