Abel: «É preferível defrontar um adversário mais ansioso que confiante»

«Por experiência própria, porque vivemos momentos destes, que fazem parte do crescimento de uma equipa, disse aos meus jogadores que o Benfica iria entrar forte no jogo. Nem sempre isso acontece quando estamos mais ansiosos. O Benfica entrou forte e acabou por fazer o golo. Por mais estranho que pareça, o golo tranquilizou-nos. Ficámos com mais bola. Conseguimos pressionar e fizemos o golo.

Por muita vontade que um treinador tenha nunca se pode esquecer a valia do nosso adversário. Por vezes criticamos os nossos jogadores que tanto valorizam o nosso futebol. Em 10 jogos com o Benfica, o Sporting de Braga ganha três e perde sete. Temos de vir cá com uma estratégia que nem sempre dá para discutir o jogo, mas dá para discutir o resultado. No final de contas, as duas equipas jogaram para vencer e saíram com um empate.

Os jogadores que jogaram não me surpreendem. Para cada jogo escolho o leque de jogadores que me dão a garantia do máximo de rendimento com o máximo tempo possível. Só podem jogar 11 e só podem entrar três. Estou orgulhoso e satisfeito com aquilo que tem sido o desempenho deles.

Uma vitória aqui daría-nos 50 por cento do passe para estar onde queremos que é chegar à 'final-four', que se disputa na nossa casa.

Quando apanhámos o Benfica no primeiro jogo, o Benfica vinha de vencer uma competição. É preferível defrontar um adversário mais ansioso que confiante.

(Lance entre Samaris e Paulinho no final do jogo) Por tudo o que envolveu o jogo era normal que fosse mais tenso. Quando estamos pressionados é normal que queremos ganhar a todo o custo».