Taça das Confederações: Rússia - Portugal (declarações)

Fernando Santos (selecionador de Portugal): “Fez a diferença (marcar golo aos oito minutos) e também não sofrer nenhum golo.

Em alguns aspetos de jogo que não estivemos tão bem (no empate 2-2 com o México), hoje já foi melhor.

Somos uma equipa com personalidade, que sabe ter a bola e atacar, mas também é muito forte a defender. Sem ter de recuar muito e ser muito forte nas transições. Foi assim que conquistámos o Campeonato da Europa. Hoje, foi assim e vai continuar a ser assim.

(A rotatividade) Era muito importante, pois há alguns jogadores cansados. Esta é uma prova muito rápida. Tínhamos de fazer opções.

Procurámos não sofrer golos. Era importante não perdermos a força do contra-ataque, por isso entrou o Gelson, que é muito rápido. E, depois, entrou o Danilo, pois o Adrien já estava desgastado. Nesta prova, disputar um jogo de três em três dias é o mais difícil

Procurámos tomar decisões um pouco antecipadamente. Pensavam que dizia isso por acaso, mas não. Sabíamos que esta prova vinha depois de um jogo muito importante na Letónia (qualificação para o Mundial2018) e era importante gerir a força mental.

Contamos com todos os jogadores e todos vão ter oportunidades. É impossível jogar sempre com a mesma equipa. Com o México apostámos na que achámos ser a melhor estratégia e fizemos o mesmo para este jogo. Tomámos as opções que tínhamos de tomar. Estivemos bem, melhorámos a capacidade de jogo. Melhorámos na ação defensiva. Com o México, sofremos dois golos que normalmente esta equipa não sofre. Em posse de bola, a equipa melhorou imenso.

Na minha equipa não há (facilitismo com a Nova Zelândia, no sábado). Nem os jogadores deixam. Eles estão comigo sempre”.

Pepe (jogador de Portugal): “Temos de ser nós próprios, fieis ao que nos levou a ganhar o Europeu. Lutámos para fazer o nosso melhor, poder levar o nome de Portugal o mais longe possível. Respeitando sempre os adversários, como acontecerá sábado frente à Nova Zelândia.

Temos o privilégio de estar entre os 23 para representar o nosso país, que é Portugal. Quando vimos à seleção, é com prazer e para levar o nome do país o mais longe possível. E fazer historia, como no Europeu. Poder representar um país extramente solidário, humilde, pequeno, mas com espírito de acolhimento muto grande: é isso que nos faz sentir orgulhosos de vestir esta camisola de Portugal.

O ‘mister’ sabe como treinamos sempre ao máximo para estar entre os 11. Antes de começar a competição, disse que todos eram importantes. E assim é. Hoje, deu oportunidade de jogar a outros que não alinharam no primeiro jogo. Os 23 que aqui estão têm plena capacidade para representar Portugal”.

Bruno Alves (jogador de Portugal): “Era um jogo difícil, mas marcámos na primeira parte. Na segunda, eles vinham fortes para atacar. Era importante ganhar e não sofremos.

Foi importante vencer, depois do empate do primeiro jogo (2-2 com México). E todos estão de parabéns.

Todos os jogadores que entram tentam aproveitar as oportunidades. Temos um excelente plantel. Todos podem jogar.

Para mim, é sempre um orgulho representar Portugal. Estou sempre disponível. Este é um torneio também importante. Todas as equipas são campeãs. Para nós, era importante vencer. Queremos sempre ganhar. Se estamos aqui para competir, estamos de corpo e alma e queremos vencer.

A Nova Zelândia é como todas as equipas, eles jogam bom futebol e vão-nos criar dificuldades. Estamos preparados. Queremos vencer e vamos trabalhar para isso”.

Bernardo Silva (jogador de Portugal): “Estamos muito contentes. Sabíamos que era um jogo muito importante para Portugal, depois do empate da primeira jornada. Agora é pensar no próximo jogo decisivo, com a Nova Zelândia.

Senti-me bem. Tento fazer o mesmo de sempre, ajudar a equipa ao máximo. Senti-me solto. O treinador e companheiros deram-me força para fazer o meu trabalho. Estou feliz por contribuir para a vitória.

A este nível, não há adversários fracos. O México é muito forte e a Rússia também. Tenho a certeza de que não vai ser fácil com a Nova Zelândia. Hoje em dia, não há jogos fáceis. Temos de estar ao nosso melhor para passar este grupo”.

Cristiano Ronaldo (auto do golo de Portugal e eleito melhor em campo): “Em primeiro lugar, quero agradecer aos fãs por terem votado em mim como o ‘homem do jogo’.

Em segundo, sabíamos que aqui, era extremamente difícil jogar com a Rússia. É a primeira vez que Portugal ganha. Obviamente que estamos muito felizes. Estamos no bom caminho. Estamos com quatro pontos, rumo ao objetivo.

Acho que temos uma equipa jovem, boa e um excelente treinador, que entende muito de futebol. Uma pessoa muito experiente e mentor de toda a seleção.

Obviamente, nós jogadores temos feito um bom trabalho, jogado bem. Não foi por acaso que fomos campeões da Europa. E, hoje, ganhámos pela primeira vez na história na Rússia”.

André Gomes (jogador de Portugal): “Foi a nossa primeira vitória aqui contra a Rússia e é também a nossa primeira vez na Taça das Confederações.

Estamos muito felizes pelos quatro pontos e esperamos pelo último jogo para decidir a passagem à próxima fase.

Dá um pouco mais de confiança marcar um golo cedo e controlar um pouco mais. Foi o que aconteceu. Tínhamos menos um dia de descanso. Tudo pesa. No fim, sofremos um bocadinho mais”.