I Liga: Vitória de Guimarães – Boavista (declarações)

Pedro Martins (Treinador do Vitória de Guimarães): "[Fizemos uma exibição] segura, inteligente, de muita qualidade, a saber aquilo que nós pretendíamos desde o início, a ser pacientes. Criámos oportunidades para ter outro resultado. Este ambiente fantástico que aqui se viveu mostra bem a simbiose entre o clube e os adeptos. Sentimos, sinceramente, a partir do momento em que entrámos naquele estádio, estava criada uma força para termos uma tarde de muita qualidade e de felicidade.

Não [foi uma jornada decisiva para garantir o quarto lugar], de maneira nenhuma. Temos um caminho muito grande pela frente. São 12 pontos, temos adversários de muita qualidade. Ainda falta muito campeonato. Temos de trabalhar da mesma forma, com o mesmo empenho, com a mesma ambição. Oficialmente entrámos na Liga Europa [a equipa garantiu matematicamente o sexto lugar], mas queremos mais. Temos muita coisa pela frente para ganhar.

Favorito [ao quarto lugar] não somos. Assumimos a posição há dois meses atrás, quando retificámos os nossos objetivos, porque havia condições, quer pela simbiose entre adeptos e equipa, quer pela própria qualidade da equipa. Temos cinco pontos de vantagem, mas não nos dá garantia de nada. Não está nada absolutamente decidido.

[O Vitória alcançou o quinto triunfo consecutivo na I Liga e o terceiro em casa] Há cerca de dois meses, também, disse que o fator casa ia ser determinante e que íamos começar a vencer com mais regularidade em casa. Isso está a acontecer, até porque os jogadores já estavam a dar indicações de uma maior adaptação, de um maior critério em momentos de maior tensão, e isso tem a ver com o crescimento e a evolução da equipa".

Miguel Leal (Treinador do Boavista): "Não fomos agressivos, não fomos determinados. Facilitámos nos aspetos que tínhamos de ser fortes. Isso fez com que a vitória do Vitória fosse merecida. Na primeira parte, sofremos um golo e, na segunda parte, tentámos reagir, mas tivemos a infelicidade de sofrer logo a seguir. Isso determinou, à partida, que iríamos perder este jogo. Tentámos modificar, tentamos alterar as coisas no sentido de procurar, pelo menos, um golo. Não conseguimos. Estamos tristes, mas temos de pensar no próximo jogo.

[As ausências de Idris e de Fábio Espinho] Acabam por ter [influência]. A equipa perde alguma agressividade, perde referências no ataque. Isso depois determina a qualidade do jogo e a confiança. Mas todas as equipas têm esses contratempos e não podemos explicar a derrota só com isso. Temos de estar conscientes do que fizemos mal

É esse o nosso intuito [o de responder à série de cinco jogos sem triunfos]. Cada jogo tem de ser olhado para ganhar. Se alguém não pensa assim, é lógico que temos de alterar algumas coisas. Às vezes, há gente que precisa de ver para crer. Este é um trabalho de todos, e, se estamos numa posição confortável (nono lugar, com 35 pontos), é porque fizemos algo de bom. Não é agora, porque estamos num momento menos bom que está tudo mal. Este jogo será analisado, e fundamentalmente trabalhado no sentido de no próximo jogo [com o Tondela] estarmos mais fortes".