O Moreirense apurou-se hoje para a primeira final da Taça da Liga de futebol da sua história, ao bater o Benfica na segunda meia-final da prova, por 3-1, no Estádio Algarve, virando o resultado numa segunda parte memorável.
Após uma primeira parte de domínio 'encarnado', com golo madrugador de Salvio (seis minutos), a equipa lisboeta reentrou adormecida depois do intervalo e permitiu a reviravolta no marcador, iniciada por Dramé (46) e concluída com 'bis' de Boateng (54 e 71).
O Moreirense qualificou-se assim para uma inédita final da Taça da Liga, a primeira sem pelo menos um dos chamados clubes 'grandes', defrontando no domingo o Sporting de Braga, também no Estádio Algarve, às 20:45.
Face à última jornada da I Liga, no Benfica, o técnico Rui Vitória fez seis alterações depois do triunfo caseiro com o Tondela (4-0), enquanto no Moreirense Augusto Inácio optou por fazer sete mudanças ao 'onze' que venceu em Paços de Ferreira (2-0).
Eliseu foi o destaque nas escolhas iniciais dos 'encarnados', após mês e meio de paragem por lesão, enquanto no conjunto de Moreira de Cónegos foram titulares Francisco Geraldes e Podence, jogadores emprestados pelo Sporting, que deverão regressar ao clube de origem na próxima semana.
O Benfica, atual detentor do troféu, não demorou muito tempo até inaugurar o marcador, logo na primeira chegada com perigo à baliza de Makaridze, aos seis minutos: Salvio iniciou a jogada com um bom pormenor individual e concluiu pouco depois, após cruzamento bem medido do regressado Eliseu.
Após o tento inaugural, a equipa 'encarnada' manteve um domínio quase absoluto da posse de bola a meio-campo, frente a um Moreirense que, durante a primeira metade, se preocupou mais em manter as linhas recuadas, procurando evitar o 'assalto' benfiquista.
O Benfica, sem acelerar muito no último terço, criou algumas ocasiões de relativo perigo por Jonas, aos 19 e 23 minutos, mas só obrigou Makaridze a aplicar-se nos minutos finais do primeiro tempo, em remates de Jonas (35) e Salvio (38).
Augusto Inácio mexeu ao intervalo, com as apostas em Fernando Alexandre e Dramé, e não podia ter esperado melhor reação da sua equipa, que empatou logo na primeira jogada do segundo tempo: Francisco Geraldes descobriu o isolado Dramé, que ultrapassou Ederson e atirou para a baliza aberta.
Perante um Benfica surpreendentemente adormecido no reinício, a equipa minhota foi somando boas ocasiões e mais dois golos, ambos apontados pelo ganês Boateng: aos 54, na recarga a um corte da defensiva 'encarnada' após um livre da direita, e aos 71, isolado, a finalizar um contra-ataque na 'cara' de Ederson, assistido por Podence.
O Benfica só 'acordou' nos dez minutos finais, quando o jogo já estava completamente 'partido': Makaridze defendeu dois remates perigosos de Pizzi e Jonas (81) e o avançado brasileiro somou um 'tiro' à barra (82) e outro ao poste (86).
O Moreirense conseguiu aguentar a pressão final e segurar o triunfo, muito festejado pelos seus jogadores e equipa técnica após o apito final.