Ao marcar um golo de cabeça na própria baliza, aos 84 minutos, Bonilla foi o 'vilão' da partida em que o Belenenses recebeu e bateu hoje o Nacional por 2-1, em jogo emotivo e polémico da quarta jornada da Primeira Liga.
O avançado salvadorenho tinha feito papel de 'herói', ao inaugurar a contagem logo aos sete minutos, mas depois foi ele próprio a sentenciar a quarta derrota dos madeirenses, quando o Nacional já estava reduzido a 10, por expulsão de Aly Ghazal.
Nos primeiros 20 minutos, o Nacional 'mandou' sobre o relvado. O golo madrugador marcado por Bonilla, após um belo lance gizado pela direita pelo lateral Victor Garcia, atoordou a equipa 'azul', que demorou algum tempo a recompor-se.
O conjunto madeirense surgiu muito bem organizado, num modelar 4-4-3, com Salvador Agra e o moçambicano Witi a mudarem constantemente de flanco, enquanto Bonilla era o jogador mais adiantado no relvado.
Mas o Belenenses nunca se entregou e teve o condão de empurrar a equipa madeirense para o seu meio-campo. O avançado Fabio Sturgeon desperdiçou duas boas ocasiões de marcar, aos 29 e 40 minutos, surgindo isolado na grande área insular.
Da primeira vez, Sturgeon rematou frouxo e à figura do guarda-redes adversário; da segunda, em vez da visar a baliza preferiu assistir Abel Camará. Má opção, pois a bola acabou por se perder pela linha de fundo.
E a fechar a primeira parte, Miguel Rosa, um dos mais esclarecidos futebolistas do Belenenses, 'disparou' a cerca de 40 metros da baliza, mas a bola saiu ao lado do poste da baliza defendida pelo 'elástico' guardião Rui Silva.
A segunda parte começou com uma grande oportunidade de golo da turma do Restelo. Na zona frontal, a cerca de 25 metros da baliza, livre direto apontado por André Sousa e com a bola a bater na barra da baliza madeirense.
Aos 52 minutos, sensação de golo no Restelo e para o Nacional. Canto marcado na direita por Salvador Agra, excelente cabeçeamento do central Tobias Figueiredo e a bola é defendida por Ventura e esbarra no poste. Ficou a dúvida se a bola ultrapassou, ou não, a linha de golo.
A expulsão do central egípcio Aly Gahzal, aos 56 minutos, após falta duríssima sobre Gerso, alterou o figurino da partida e obrigou Manuel Machado a mexer na equipa do Nacional, lançando em campo Geraldo e Vítor Gonçalves.
A equipa recuou e o Belenenses acabou por empatar da marca de grande penalidade, aos 65 minutos, após falta cometida por Vítor Gonçalves sobre Palhinha dentro da área. Na conversão, Abel Camará não falhou.
Acentuou-se o domínio dos homens do Restelo, com o árbitro Carlos Xistra a ser alvo de contestação após golo anulado ao reentrado avançado Tiago Caeiro, que introduziu a bola, de cabeça, na baliza do Nacional. Mas o árbitro considerou que o avançado dos 'azuis' se apoiou em Geraldo.
Até que, aos 84 minutos, o Belenenses 'carimbou' o triunfo, de bola parada. Canto apontado da esquerda por Vítor Gomes, com o avançado salvadorenho Bonilla a ser o último a tocar na bola e a trair o guarda-redes Rui Silva.
Contas feitas, o Nacional mantém a incómoda posição de lanterna-vermelha, com quatro derrotas. Já o Belenenses ascendeu ao quinto lugar provisório da tabela, com sete pontos.
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