Crónica: Slimani marca e dá liderança provisória ao Sporting

O argelino marcou aos 16 minutos o seu 24.º golo no campeonato e ofereceu o quarto triunfo seguido ao Sporting, que passou a somar 74 pontos, mais um do que o bicampeão e até aqui líder da tabela, o Benfica, que só entra em campo segunda-feira para receber o Vitória de Setúbal no encerramento da ronda.

Por sua vez, o Moreirense, que leva cinco jornadas sem ganhar (duas derrotas e três empates), segue no 14.º posto, com 29 pontos, e não consegue pontos quer para se distanciar da zona de despromoção, nem para quebrar o ‘jejum’ de vitórias caseiras (não vence em casa desde um 2-0 em dezembro sobre o Nacional).

Jorge Jesus - que foi expulso do banco aos 76 minutos - fez regressar Adrien e Marvin Zeegelaar ao ‘onze’. Na jornada anterior, uma vitória por 3-1 sobre o Marítimo, o médio cumpriu um jogo de suspensão e foi rendido Aquilani, enquanto o defesa ficou de fora por opção e entrou Bruno César no seu lugar.

Já Miguel Leal teve mais ‘dores de cabeça’ para completar a equipa, sobretudo no meio-campo, já que não podia contar com Vítor Gomes, castigado, nem com Iuri Medeiros e João Palhinha, ambos emprestados aos vimaranenses pelo clube de Alvalade, somando-se a entrada de Coronas para ‘render’ o lesionado Sagna na direita da defesa, isto face à equipa que empatou (1-1) em Braga na ronda anterior.

Com o presidente da Liga de clubes na bancada a assistir à partida, o Sporting estava obrigado a ganhar para manter a pressão sobre os ‘encarnados’ e os lisboetas entraram mesmo determinados com Slimani a atirar por cima logo no primeiro lance de jogo.

Bryan Ruiz, aos nove e aos 12 minutos, bem como Schelotto, aos 10, colocaram à prova o guardião sérvio do clube minhoto: Stefanovic foi, aliás, um autêntico ‘bloco de Leste' até à passagem do primeiro quarto de hora de jogo.

Mas Slimani quebrou o ‘nulo’ aos 16 minutos, após cruzamento rasteiro na direita de Schelotto, que deu bom seguimento a um passe perfeito de Téo Gutiérrez, ficando, no entanto, a ideia de que o argelino estaria em posição irregular.

O Moreirense reagiu bem e de imediato com Fábio Espinho a ameaçar de livre aos 22 e 27 minutos. No primeiro lance, valeu Rui Patrício, que ‘leu’ bem a situação, e no segundo a bola saiu caprichosamente ao lado.

A equipa de Guimarães criava dificuldades, sobretudo de bola parada, e abusava dos lançamentos longos, enquanto o Sporting era sempre muito mais pragmático e consistente nas aproximações à baliza contrária.

Aos 36 minutos, um pontapé violentíssimo de Nildo testou definitivamente os reflexos do guarda-redes lisboeta, seguindo-se oportunidades para os ‘leões’, com João Mário em evidência, primeiro, num cruzamento exímio na direita (39) a que ninguém respondeu quando toda a defesa da casa estava batida e, depois, ao atirar por cima (42).

Aos 45, o Sporting ainda viu Téo Gutiérrez meter a bola na baliza adversária, após cruzamento de Bryan Ruiz, mas o colombiano estava em fora de jogo e desta vez o juiz setubalense Bruno Paixão não teve dúvidas.

Os lisboetas venciam ao intervalo com mérito, mas sem terem feito uma primeira parte brilhante, muito graças à equipa de Guimarães, que teve a capacidade de amortecer o arranque forte dos ‘leões’.

E na segunda parte o Sporting não entrou tão bem, expondo uma ansiedade que dava aos vimaranenses a confiança de que seria possível chegar ao empate.

Durante 15 minutos, Stefanovic não teve trabalho a sério, mas aos 61 minutos o ‘leão’ acordou e Téo Gutiérrez atirou ao lado, seguindo-se novo desvio, desta vez de William Carvalho, aos 67.

O Sporting geriu a vantagem mínima, mas esteve perto de ampliar aos 77, por Gelson, e aos 89, por Adrien.

E do lado oposto o perigo surgiu por intermédio de Coronas (62) e Boateng (70), mas sempre sem grande convicção, pondo um ponto final ao rótulo de clube difícil, já que até aqui os ‘cónegos’ tinham marcado em todos os encontros com ‘grandes’ e conseguido mesmo empatar (2-2 à sexta jornada) em casa com o FC Porto.