A justiça suíça autorizou hoje a extradição para os Estados Unidos do nicaraguense Julio Rocha, um dos sete dirigentes da FIFA detidos no final de maio em Zurique, comunicou o gabinete federal da justiça.
Julio Rocha, de 64 anos, antigo presidente da Federação da Nicarágua de Futebol e executivo da FIFA, tem agora 30 dias para recorrer da decisão.
A Nicarágua também tinha pedido a extradição do dirigente, detido desde 27 de maio, o que foi aceite pela Suíça, mas apenas se os Estados Unidos não evocassem prioridade, o que acabou por acontecer.
O dirigente é acusado de ter recebido subornos no valor de 150.000 dólares (cerca de 130.000 euros) de uma empresa norte-americana, para favorecimento na atribuição dos direitos de ‘marketing’ dos jogos de qualificação da Nicarágua para o Mundial2018.
De acordo com as autoridades suíças, as ilegalidades terão sido cometidas nos Estados Unidos e na Nicarágua.
Dos detidos em maio, Jeffrey Webb, originário das Ilhas Caimão e antigo vice-presidente da FIFA, aceitou a sua extradição para os Estados Unidos em julho.
A partir de setembro, as autoridades helvéticas deram o seu aval à extradição a mais quatro dirigentes: Rafael Esquivel, antigo presidente da Federação venezuelana e membro executivo da Confederação sul-americana (CONMEBOL), o uruguaio Eugenio Figueredo, antigo vice-presidente da CONMEBOL e vice-presidente da FIFA, Eduardo Li, antigo presidente da Federação da Costa Rica, e o britânico Costas Takkas, antigo adjunto do presidente da Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas.