Comentário: Trivela de Gelson Martins coloca Portugal nos quartos de final

Em Hamilton, os comandados de Hélio Sousa foram claramente superiores aos ‘All Whites’, mas um tento aos ‘trambolhões’ do suplente Stuart Holthusen, aos 65 minutos, pôs em causa um apuramento que Raphael Guzzo encaminhara, ao inaugurar o marcador, aos 24.

Ainda que sofrendo, Portugal conseguiu, no entanto, voltar ao comando do marcador e está pela sexta vez na sua história nos ‘quartos’ do Mundial de sub-20, que venceu em 1989 e 1991, foi segundo em 2011, terceiro em 1995 e sétimo em 1979.

No domingo, pelas 13:00 locais (02:00 em Lisboa), a seleção lusa vai discutir o acesso às meias-finais com um conjunto sul-americano, o Brasil ou o Uruguai, que discutem os ‘oitavos’ no prolongamento.

Hélio Sousa optou pelo ‘onze’ da estreia (3-0 ao Senegal): Mauro Riquicho, João Nunes, Domingos Duarte e Rafa, à frente de André Moreira, um meio campo com Tomás Podstawski, Raphael Guzzo e Rony Lopes e dois extremos (Gelson Martins e Gonçalo Guedes) no apoio a André Silva.

O encontro começou mal para Portugal, com um amarelo a Domingos Duarte logo aos 20 segundos, frente a uma Nova Zelândia que entrou determinada e empolgada, conseguindo o primeiro remate, aos três minutos, por Billingsley.

Depois dos 10 minutos, o ‘onze’ luso começou a assumir o comando e a fazer as primeiras ameaças, por Rony Lopes (11 e 22 minutos), Gonçalo Guedes (14) e Tomás Podstawski (17).

A seleção portuguesa acabou mesmo por se adiantar no marcador aos 24 minutos, numa jogada de envolvimento concluída com um remate colocado de Raphael Guzzo, que fez a bola entrar junto ao poste esquerdo, depois de um passe de Rafa.

O domínio luso manteve-se até ao intervalo e André Silva (43 minutos) poderia ter conseguido o segundo, mas os anfitriões não desistiram, com Patterson (25 e 41) a ensaiar dois remates e Billingsley (36) a acertar na ‘atmosfera’.

O conjunto de Hélio Sousa entrou determinado em chegar ao segundo golo e criou várias oportunidades, sempre com Guzzo em destaque, com remates perigosos, aos 50 e 51 minutos, e assistências para André silva, aos 62 e 64.

A Nova Zelândia parecia prestes a ‘tombar’, mas, aos 65 minutos, do ‘nada’, conseguiu restabelecer a igualdade, com Stuart Holthusen, entrado aos 62, a aproveitar uma série de ressaltos e a bater André Moreira de pé direito.

Portugal tentou responder de imediato, com Rony Lopes a assumir a liderança da equipa lusa, mas, mais confiante, a Nova Zelândia também passou a acreditar e foi tentando colocar a bola na área lusa, embora sem criar perigo.

Rony Lopes (70 e 82 minutos) colocou à prova o guarda-redes contrário, mas, aos 87, foi Gelson Martins que resolveu, ao fletir da direita para o centro e, de fora da área, rematar de ‘trivela’, colocando a bola no ângulo inferior direto.

O encontro estava a terminar e Portugal soube ‘congelá-lo’ até final, não permitindo qualquer ocasião aos anfitriões, também já sem forças para reagir.