A Federação Real Marroquina de Futebol (FRMF) rejeitou todas as sanções desportivas e financeiras impostas pela Confederação Africana de Futebol (CAF) pela recusa em organizar a Taça das Nações Africanas (CAN), por temer a propagação da epidemia de Ébola.
Em comunicado emitido na terça-feira à noite, a FRMF manifestou "grande espanto" pelas sanções decretadas pelo Comité Executivo da CAF, considerando que "vão contra o desenvolvimento do futebol africano e não assentam em qualquer base regulamentar".
A 16 de novembro, a FRMF pediu o adiamento da CAN de 2015 para 2016, para prevenir uma eventual propagação da epidemia de Ébola que afeta a África Ocidental, mas a CAF recusou a sugestão, manteve a competição nas datas previstas (17 de janeiro a 08 de fevereiro) e atribuiu a organização à Guiné Equatorial.
Na sexta-feira, a CAF decidiu excluir Marrocos das duas próximas edições do torneio (2017 e 2019) e multar a federação em nove milhões de euros para "compensar os danos materiais" sofridos.
No seu comunicado, a FRMF sublinha que as sanções "não correspondem em nada às conclusões de reunião mantida previamente no Cairo com o presidente da CAF", o camaronês Issa Hayatou.
"O Comité Diretor da FRMF compromete-se a usar todos os meios e medidas necessárias para fazer prevalecer os direitos e interesses do futebol marroquino", lê-se na nota da federação, que acrescenta ter sido dada toda a liberdade ao seu presidente, Fouzi Lekjaa, para tomar as ações que considerar apropriadas.