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Paulo Bento: «Estamos numa situação extremamente complicada»

Declarações do selecionador de Portugal, após o encontro entre Estados Unidos e Portugal (2-2), da segunda jornada do Grupo G do Mundial2014 de futebol, disputado domingo na Arena Amazónia, em Manaus, Brasil.

Paulo Bento: «Estamos numa situação extremamente complicada»

"Clinicamente (Ronaldo) estava dado como apto, jogou os 90 minutos, não me parece que haja algum problema em relação a isso. Nem me parece que o que aconteceu no jogo tenha a ver com um ou outro jogador. Tem de ser avaliado de forma global. Não me parece que fosse por questão individual que empatámos.

Estamos numa situação extremamente complicada. Falamos de dependência de terceiros, de uma diferença de golos em relação às outras equipas que também é elevada. É a réstia de esperança que temos. Temos de continuar a tentar esgotar todas as possibilidades, que são poucas. Temos de manter profissionalismo até ao último minuto. Contra o Gana, temos de ter profissionalismo e carácter a toda a prova.

Se fossemos por uma parte apenas de oportunidades, podemos ter tido mais algumas. Na primeira parte, a grande oportunidade aconteceu mesmo no final e com eficácia total podíamos ter acabado com o jogo. Nunca é fácil ter duas oportunidades e marcar dois golos. Acho que nunca perdemos o controlo do jogo. Estávamos a ganhar, havia uma estratégia muito parecida entre as duas equipas, com um bloco baixo, até por fatores climatéricos que não permitem determinadas estratégias.

Tivemos uma dificuldade grande em tapar a dinâmica do corredor direito. Tentámos Raul à esquerda e dois homens na frente e duas linhas de quatro para tentar impedir essa dinâmica. As coisas não melhoraram neste aspeto. Acabámos por sofrer um golo, com uma segunda bola. O segundo surge de alguma infelicidade nossa, da forma como os ressaltos ocorreram. Acabámos por chegar à igualdade, que é um resultado que se pode aceitar.

Estar a falar das lesões todas é complicado. Se falarmos de falta de ritmo, só podia ser o Hélder (Postiga). Ainda não sabemos de certeza se é grave. Os outros são jogadores que acabaram a época a competir. Não aparecem todas pelo mesmo motivo. Ao momento do jogo em que aparecem, como a do Hélder e do Hugo Almeida, que acabam por surgir em fases iniciais, não podem estar associadas ao cansaço. Muitas vezes as lesões musculares surgem de maus gestos, falta de coordenação. As lesões acabaram por limitar a gestão durante 45 minutos, por isso, acabámos por esperar tanto pela terceira substituição.

Não me parece impossível comparar os dois jogos. Num houve inferioridade numérica na primeira parte. O desgaste com a Alemanha foi diferente. Desta vez foi 11 contra 11, apesar de haver algumas condicionantes em termos climatéricos, que obrigaram as duas equipas a não pressionar tão alto.

Na primeira parte, mesmo a perder, os Estados Unidos optaram por não pressionar alto. Há outros fatores que influenciam o rendimento de uma equipa. Não temos de levar tudo para o aspeto físico. Temos de destacar o aspeto mental, de reagir e conseguir o empate, que, mesmo assim, nos deixa numa situação complicada.

Não me aprece que este seja o momento para individualizar. Não há jogadores mais tristes do que outros, todos estamos com uma tristeza enorme. Se há que individualizar e criticar, tem de ser o treinador. Empatámos e perdemos uma grande oportunidade por questões coletivas.

Neste momento, o que temos de olhar é para dentro de nossa casa. Ver o que não estamos a fazer bem e não nos preocuparmos com o que vai acontecer no outro jogo (Alemanha e Estados Unidos qualificam-se com um empate). Com o tempo que tenho de futebol, o que jamais farei é desconfiar de colegas de competição. Alemanha e Estados Unidos a tentar ganhar e nós o mesmo com o Gana".

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