O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, esclareceu que a utilização de quatro laterais de início no onze que entrou em campo no Estoril, nomeadamente Maxi Pereira, Alex Telles, Ricardo e Layún, "não foi o mais correto".
"Depois dos primeiros 45 minutos é fácil ver o que correu bem e menos bem. Ninguém pensa no que é a preparação e a forma de ver essa melhor forma de ganhar o jogo”, começou por dizer o técnico portista.
O encontro foi interrompido na segunda-feira, ao intervalo, devido a problemas de segurança numa das bancadas do Estádio António Coimbra da Mota, que motivaram a sua evacuação e obrigaram centenas de adeptos dos ‘azuis e brancos’ a descer para o relvado.
Hoje, Sérgio Conceição, já na antevisão do encontro com o Tondela, não deixou de analisar a estratégia que quis aplicar no jogo em que o FC Porto está com uma desvantagem de 1-0 e cuja segunda parte foi agendada para 21 de fevereiro.
“Do que conheço do Estoril, sabendo que o setor defensivo está muito colado ao setor intermédio, ou seja, é uma equipa compacta subida no campo, achei que a melhor estratégia era explorar a largura e profundidade. Pensei que não haveria muito espaço, como se veio a verificar, para explorar o jogo interior", disse.
Ainda assim, salientou a polivalência de alguns jogadores lembrando que o mexicano Miguel Layún jogou várias vezes a médio e até a médio ofensivo este ano, e que Ricardo fez muitos jogos a ala.
"E não são laterais, jogaram a ala, porque me davam essa verticalidade no jogo e essa qualidade nos corredores laterais para chegar ao último terço e à área do Estoril mais vezes", disse ainda, reconhecendo, no entanto, que não foi a melhor opção.
"Foi o correto? Não foi. Porque estávamos a perder 1-0. Sou treinador, umas vezes acerto outras vezes erro. Se acertasse sempre, alguma coisa não estava bem. Ate porque é através dos erros que aprendemos", acrescentou.
Logo depois, Sérgio Conceição foi questionado sobre uma eventual dependência da equipa do argelino Brahimi, no entanto, e apesar de garantir que é "um jogador importante", lembrou que os 45 minutos "menos conseguidos" na Amoreira, não é uma situação única.
"Se olharmos o jogo contra o Vitória em casa também tivemos 45 minutos menos conseguidos, retificámos ao intervalo e no segundo tempo fizemos quatro golos. Não é justo dizer que foi só a falta do Brahimi. Tenho um lote de jogadores de extrema qualidade que me dava garantias que poderíamos fazer melhor do que fizemos", concluiu.
O FC Porto, segundo classificado na I Liga, com menos um jogo, defronta na sexta-feira no Estádio do Dragão, o Tondela, 10.º classificado, em jogo da 19.ª jornada, com início às 21:00 horas.
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