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Freamunde: Presidente admite acionar judicialmente administradores da SAD

O presidente do Freamunde, Miguel Pacheco, reconheceu hoje as dificuldades financeiras que envolvem a equipa de futebol, falando numa "situação preocupante e crítica", e admitiu processar os antigos acionistas pelos salários em atraso.

Freamunde: Presidente admite acionar judicialmente administradores da SAD

"Havia um Conselho de Administração, composto por um administrador e dois administradores executivos, existindo ainda dois administradores não executivos, eu e o vice-presidente Rui Neto, em representação do clube nos 30 por cento da SAD, mas que não tinham qualquer responsabilidade com salários, contratações ou saídas. Alertámos muitas vezes para algumas situações, mas poucas ou nenhumas vezes fomos ouvidos em relação a esse aspeto. Não era da nossa responsabilidade o que ficou a dever-se da época transata", disse Miguel Pacheco aos jornalistas.

O presidente do Freamunde, que falava após um encontro com o Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, confirmou que "há atletas que têm a receber, grosso modo, três meses e desta época dois meses", porque "o terceiro ainda não venceu", mas, segundo adiantou, "muitos deles, não estão completos", porque "o clube dá uma ajuda sempre que pode".

"Sei que [os jogadores] estão fartos de ouvir sempre dizer que estamos a tentar, mas a realidade é que estamos a tentar. Temos tido muitas reuniões com possíveis investidores, mas a realidade é que o buraco que deixaram a nível de SAD afastou muitos investidores", afirmou Miguel Pacheco.

Segundo o presidente do Freamunde, "o montante apurado da dívida da SAD, uma empresa que foi criada faz em janeiro três anos, ronda os 750 mil euros e corresponde a uma dívida igual ou superior a um clube com 85 anos de história", e esse é o valor, em sua opinião, que "está a criar dificuldades na obtenção de um parceiro".

"Até ao interregno das festas de Natal e Ano Novo temos de ter uma solução definitiva. O relógio não para e o tempo joga contra, mas credito piamente que seja possível [evitar a insolvência] e tudo estamos a fazer para que isso seja uma realidade. Os passos estão dados, há gente, felizmente, interessada, até porque o Freamunde é um clube apelativo, mas, lá está, o valor da dívida não atrai minimamente, até pela divisão em que estamos", acrescentou.

Miguel Pacheco e a direção a que preside aceitaram as ações dos acionistas, possibilitando-lhes sair um ano antes de expirar o contrato, em troca da assunção da dívida, mas alega agora ter sido enganado e, por isso, admitiu avançado com ações judiciais contra os antigos administradores da SAD.

"O valor da dívida que nos foi passado era metade daquele que realmente era. Nós, clube, já desconfiávamos, mas nunca pensámos que fosse tão superior. Temos que assumir de junho para a frente, queremos solucionar para o bem de todos, agora as pessoas que geriram mal ou causaram danos têm de ser responsabilizadas de alguma forma. Aliás, uma das exigências dos sócios em assembleia-geral, e estamos a representar os sócios, foi essa, e acionar judicialmente os administradores da SAD é uma possibilidade. Como é óbvio, por gestão danosa", concluiu.

Contactado pela agência Lusa, Miguel Azevedo Brandão, antigo administrador e representante dos acionistas argentinos da SAD do Freamunde, preferiu não embarcar em polémicas, afirmando: "Estamos de consciência tranquila e essas declarações não nos merecem qualquer comentário".

O Freamunde tem agendado para quinta-feira uma Assembleia-geral (AG), com o objetivo não cumprido na reunião magna de associados do passado dia 03 de novembro de discussão, votação e aprovação do relatório e contas do clube referente à época 2016/17.

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