O Benfica disse hoje um adeus definitivo à possibilidade de seguir em frente na Europa, ao sofrer o quinto desaire em cinco jogos no grupo A da Liga dos Campeões em futebol, em casa do CSKA Moscovo (2-0).
Em mais uma noite europeia em que mesclaram falta de categoria e de sorte, os tetracampeões lusos caíram com um tento irregular, apontado por Georgi Schennikov, aos 13 minutos, e mais um autogolo, do brasileiro Jardel, aos 56.
Os ‘encarnados’, que só ameaçaram uma vez, aos 16 minutos, por Jonas, passaram a contar 12 golos sofridos, para apenas um marcado, sendo que nem conseguiram bater Akinfeev, que na ‘Champions’ sofria golos há 43 jogos seguidos, desde 2006.
No que foi o 20.º desaire em 39 jogos fora na fase de grupos da ‘Champions’, o Benfica já garantiu que fica em último e com a pior participação de sempre, pois nunca sofrera cinco derrotas – são seis seguidas, com a última de 2016/17.
Em relação ao triunfo por 2-0 sobre o Vitória de Setúbal, para a Taça de Portugal, Rui Vitória mudou seis jogadores, trocando Douglas, Grimaldo (lesionado), Samaris, Krovinovic (não inscrito na ‘Champions’), Cervi e Rafa por André Almeida, Eliseu, Fejsa, Filipe Augusto, Salvio e Diogo Gonçalves.
A primeira ocasião pertenceu, logo aos quatro minutos, ao CSKA, com Vitinho a receber de Wernbloom e, em posição frontal, à entrada da área, a rematar muito longe do alvo.
O equilíbrio pautava o jogo, só que, à segunda ocasião, os russos marcaram... em fora de jogo. Após jogada de insistência, Natcho isolou Schennikov, que, em posição irregular, bateu o desamparado Bruno Varela. A UEFA ainda não adotou o VAR.
A resposta do Benfica foi imediata: aos 15 minutos, Pizzi não aproveitou um bom passe de Diogo Gonçalves, que, aos 16, solicitado por Salvio, isolou Jonas, para o brasileiro desperdiçar de forma ‘escandalosa’, ao acertar mal na bola.
A formação ‘encarnada’ não conseguiu, porém, dar sequência a estas ‘ameaças’, pois, perante a constante pressão dos russos sobre a bola, foi falhando muitos passes e não mais conseguiu construiu oportunidades, limitando-se a uns tímidos remates de Diogo Gonçalves (29 minutos) e Eliseu (42).
Do outro lado, o CSKA Moscovo, mesmo passando mais tempo a defender, teve duas boas ocasiões para aumentar a vantagem antes do intervalo, num ‘tiro’ de Dzagoev defendido superiormente por Varela, aos 26 minutos, e num livre de Natcho, aos 40.
Para a segunda parte, e apesar de o Benfica estar obrigado a ganhar, Rui Vitória não mexeu no ‘4-3-3’, optando apenas por trocar Diogo Gonçalves por Cervi. Ainda assim, Jonas, aos 47 minutos, e André Almeida, aos 55, tentaram o empate.
O jogo ‘acabou’ pouco depois, aos 56 minutos, em mais um episódio infeliz do Benfica na Liga dos Campeões, desta vez um autogolo de Jardel, a desviar um centro de Vitinho, depois de um cruzamento da direita de Mario Fernandes.
A perder por dois golos, logo a precisa de três, Rui Vitória apostou num segundo ponta de lança (Jiménez), retirando Filipe Augusto, mas a equipa ‘encarnada’ já estava, então, derrotada, com o jogo a ‘arrastar-se’ até final, sem oportunidades.
Os russos continuam na corrida aos ‘oitavos’ da ‘Champions’, enquanto o Benfica está fora da Europa, matematicamente, pois ainda tem um encontro por cumprir, uma receção ao Basileia para salvar a honra e não se despedir a zero.
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