Crónica: Seleção portuguesa de sub-21 regressa às vitórias diante da Suíça

Diogo Gonçalves colocou Portugal em vantagem, aos 10 minutos, e Diogo Jota fez o segundo golo, aos 29, em dois lances simples de futebol, confirmando a melhor relação dos jogadores lusos com a bola e a facilidade com que conseguiam trocá-la em zonas próximas da área helvética, mas o conjunto luso ainda levou um susto, quando a Suíça reduziu aos 39, por Ulisses Garcia.

A simplicidade de processos facilitava a estratégia portuguesa e João Carvalho, aos 34 minutos, ainda teve a oportunidade de praticamente sentenciar o encontro na cobrança de uma grande penalidade, a castigar uma falta de Hefti sobre Diogo Jota, mas rematou por cima.

Este lance coincidiu com o melhor período de Portugal no primeiro tempo, marcado ainda por um remate exterior de Pedro Delgado, aos 19 minutos, para uma defesa a dois tempos de Kobel, e uma oportunidade ainda mais flagrante aos 26, mas Diogo Jota e Diogo Gonçalves não conseguiram fazer golo.

A Suíça, que até mostrou alguma iniciativa no arranque do jogo, sentia alguma dificuldade na construção, não se dava bem com o jogo apoiado da formação lusa e só nas transições rápidas, para as quais o selecionador Rui Jorge tinha chamado a atenção no lançamento do encontro, conseguia criar alguns sobressaltos a Portugal

No banco, Rui Jorge insistia com frequência na circulação de bola e pedia segurança no passe, para evitar a velocidade de Lotomba ou mesmo de Garcia, precisamente os jogadores que participaram no lance do golo da Suíça, aos 39 minutos.

Lotomba centrou da direita, Francisco Ferreira falhou o corte e Garcia surgiu solto na esquerda a rematar para o fundo da baliza de Joel Pereira, num golo que fez disparar a confiança dos helvéticos.

Para Portugal, a vantagem mínima podia fazer 'ressuscitar' algumas deficiências no controlo de jogo, reconhecidas nos jogos anteriores, em especial nas duas saídas à Bósnia-Herzegovina (derrota por 3-1) e à Roménia (1-1), mas a Suíça também não mostrou grandes argumentos, limitando-se a manter a aposta na velocidade pelos corredores.

Numa segunda parte menos interessante e mais repartida, em que Portugal foi progressivamente perdendo capacidade no ataque com as saídas de Diogo Jota e de Diogo Gonçalves, até foi o combinado luso a dispor do lance mais perigoso, aos 80 minutos, quando Rúben Dias perdeu o 'duelo' com Kobel, após canto da direita.

Com este triunfo, Portugal passou a somar sete pontos, igualando a Suíça no terceiro lugar, atrás da Bósnia-Herzegovina, segunda classificada com nove, e da Roménia, seleção que lidera isolada o grupo com 11 e que ainda hoje defronta o País de Gales. No entanto, suíços e romenos têm mais dois jogos, enquanto os bósnios têm mais um relativamente aos disputados pelo combinado luso.