A seleção portuguesa de futebol de sub-21 perdeu hoje com a Espanha, por 3-1, em jogo da segunda jornada do grupo B do Campeonato da Europa da categoria, condicionando as suas aspirações de passagem às meias-finais da competição.
Numa partida em que a equipa portuguesa até foi, em largos momentos, superior, os lusos tiveram duas desatenções que permitiram aos espanhóis lograr uma vantagem de dois golos, difícil de anular, com os tentos de Saúl Ñíguez, aos 21, e Sandro Ramirez, aos 64.
Bruma, aos 77, ainda reduziu para Portugal, mas, já ao 'cair do pano', a formação do país vizinho fechou a contagem com o terceiro tento, apontando por Iñaki Williams, aos 90+3.
A formação orientada por Rui Jorge viu assim quebrado um ciclo sem perder em jogos oficiais da seleção portuguesa de sub-21, que durava há mais de cinco anos e oito meses, num total de 31 partidas.
Com este triunfo, a Espanha garante, automaticamente, a qualificação para as meias-finais, enquanto Portugal vê muito dificultado esse apuramento, apenas podendo-o aspirar se conseguir ser o segundo melhor classificado dos três grupos.
Neste desafio, a equipa das 'quinas' até entrou com garra, assumindo uma postura mais atrevida, mostrando boas movimentações no ataque e aproveitando os desequilíbrios de Daniel Podence no meio e de João Cancelo no corredor direito, para se acercar da baliza contrária.
Acabou, por isso, por não surpreender que a primeira grande ocasião de perigo tenha surgido para a formação lusa, quando, pouco depois dos dez minutos, Daniel Podence rematou à barra da baliza de Arrizabalaga.
Do outro lado, a formação espanhola parecia um pouco surpreendida com a fluidez de jogo de Portugal e demorava a assentar o seu futebol, vendo as suas iniciativas serem travadas pela coesa defensiva portuguesa.
No entanto, uma desatenção deitou tudo a perder, permitindo à formação espanhola chegar à vantagem, aos 21 minutos, através de um remate de Saúl Ñiguez, que ainda foi ligeiramente desviado por Edgar Iê.
Gonçalo Guedes e Bruno Fernandes ainda tentaram, com remates de longe, encetar a recuperação, mas acabou por pertencer ao adversário as melhores oportunidades da fase final da primeira etapa.
No regresso do descanso, Portugal voltou a entrar melhor, mostrando, logo nos primeiros instantes, vontade em recuperar do revés.
Com o apoio de alguns portugueses nas bancadas, e também de muito público polaco, a equipa das 'quinas' teve duas soberanas oportunidades para empatar, num remate de longe de Bruno Fernandes e numa escapada de Podence, que culminou com um tiro cruzado, a sair um pouco ao lado.
A Espanha não se intimidou com as investidas lusas e, num contra-ataque, Asensio rematou na área, mas viu Edgar Iê, um dos melhores de Portugal, efetuar um corte fantástico em cima da linha de golo.
Ainda assim, era a equipa portuguesa que se mantinha em cima do jogo, mas, tal como aconteceu no primeiro tempo, uma desatenção voltou a comprometer, permitindo um contra-ataque desenhado por Deulofeu e finalizado em 2-0 por Sandro Ramirez.
Já sem o desequilibrador Podence em campo, que tinha sido rendido por Bruma, Rui Jorge reconfigurou a equipa para um um 4-3-3, com a entrada do ponta de lança Gonçalo Paciência, ganhando com isso presença no ataque.
Essa persistência portuguesa perante a contrariedade acabou recompensada com o golo de Bruma, num grande remate a aproveitar um corte defeituoso da defensiva espanhola, mas, ainda assim, insuficiente para evitar o desaire.
Numa altura em que a clarividência dos pupilos de Rui Jorge estava reduzida, os espanhóis ainda ampliaram para 3-1, golo apontado por Iñaki Williams, no derradeiro lance do jogo.
Portugal ainda tem mais um jogo a fazer neste grupo B, na sexta-feira, também na cidade de Gdynia, frente à Macedónia, tendo ainda a esperança de ser o melhor wegundo dos três grupos e assim passar às meias-finais.
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