O treinador do Real Madrid garantiu hoje que a sua equipa estava “preparada para sofrer” na final do Mundial de clubes de futebol, na qual acabou por vencer os japoneses do Kashima Antlers, por 4-2, após prolongamento.
“Estávamos preparados para sofrer, sabíamos que ia ser um jogo assim”, disse Zinedine Zidane em conferência de imprensa, destacando a forma como os jogadores da formação nipónica “corriam, lutavam e atacavam”.
Zidane, que conquistou o seu terceiro troféu no comando técnico do Real Madrid, considerou que o jogo foi bastante intenso, mas reconheceu que “as equipas podem jogar com muita intensidade 30 ou 35 minutos, mas nunca 90”.
O treinador do Real Madrid, que nunca venceu uma final no tempo regulamentar, explicou que a entrada de Isco, aos 81 minutos para o lugar de Lucas Vázquez, numa altura em que a partida estava empatado a dois golos, foi “uma tentativa de ‘mexer’ no jogo”.
O antigo internacional francês, que junta o Mundial de Clubes à Liga dos Campeões e à Supertaça Europeia, elogiou o Kashima Antlers, reconhecendo qualidade aos seus futebolistas para “jogarem na Liga espanhola”.
Já o treinador do Kashima Antlers, Masatada Ishii, considerou que o árbitro “não foi suficientemente valente”.
“Criámos problemas ao Real Madrid, mas estes jogos resolvem-se nas pequenas diferenças, como decisões técnicas", afirmou.
Quando questionado se estava a referir-se a um lance no final da partida no qual o árbitro poderia ter mostrado um segundo cartão amarelo a Sérgio Ramos, Masatada Ishii disse apenas que não queria fazer mais comentários.
“Desde o início, os meus jogadores foram fantásticos e deram o máximo. Mas, quem sabe, num momento específico, o árbitro não foi suficientemente valente e isso é lamentável”, referiu.
O Real Madrid conquistou o seu segundo Mundial de clubes, depois do triunfo em 2014, sucedendo ao FC Barcelona, num jogo no qual Cristiano Ronaldo, o único português em campo, foi decisivo, marcando três dos quatro golos dos ‘merengues’.
Os campeões europeus marcaram primeiro, por Benzema, aos nove minutos, mas Shibasaki conseguiu virar o marcador, com golos aos 44 e 52 minutos, antes de Cristiano Ronaldo empatar, aos 60, na conversão de uma grande penalidade, e decidir a final, já no prolongamento, aos 98 e 104.