Primeira Liga: União da Madeira - Vitória de Setúbal (declarações)

Hugo Martins (Treinador-adjunto do União da Madeira): "Voltámos a empatar o jogo, pelos mesmos números que haviam acontecido na primeira volta, embora os contextos fossem diferentes, pois na altura jogávamos fora, com a equipa que era a sensação do campeonato.

Neste jogo, ambos os conjuntos vinham de uma série de jogos em que não conseguiam vitórias, que é aquilo que mais queremos. Hoje, depois de estar a ganhar 2-0, faltou-nos alguma audácia na segunda parte, de acordo com o que vínhamos fazendo na primeira parte.

O 2-0 é um resultado, por um lado confortável, mas no futebol, e isso aconteceu connosco no Estádio do Dragão, quando conseguimos igualar, depois de uma desvantagem de 2-0, por vezes, cria-se demasiado conforto.

A responsabilidade em primeiro lugar é a equipa técnica, se bem que no futebol quando se ganha, os responsáveis são os jogadores, mas quando se perder ou empata, ou se alcança resultados que não satisfazem, a responsabilidade é sempre da equipa técnica.

É este o jogo em que nós vivemos. Mas estamos de consciência tranquila, pois os jogadores deram o seu melhor. Gostaríamos muito de ter vencido este jogo. Houve vontade, mas faltou-nos ter mais estabilidade, para segurar a vantagem de 2-0.

Mas também há mérito do adversário, pela maneira como disputou o jogo. Demos um passo em frente, pois fizemos um ponto, mas, claro, gostaríamos de atingir uma questão pontual mais confortável.

O grande objetivo para este jogo era vencer. Tivemos um bom rendimento na primeira parte, mas não fomos tão fortes na segunda. Uma vez mais sofremos um golo nos últimos minutos. Não nos queixamos da arbitragem, queixamo-nos sim do que poderíamos ter feito e não fizemos".

Quim Machado (Treinador do Vitória de Setúbal): "A nossa intenção era chegar aqui e conseguir os três pontos, mas depois, olhando ao jogo em si, em que estivemos a perder por 2-0 ao intervalo, acabar por marcar nos instantes finais, naturalmente que acaba por ter um bom sabor.

Conseguimos um ponto, mas analisando tudo o que aconteceu, um ponto acaba por saber a pouco, pois a minha equipa, mesmo na primeira parte, estando a perder por 2-0, esteve bem.

No primeiro golo, deixámo-nos arrastar em termos de posições e no segundo golo facilitámos e o União acaba por, numa transição rápida, chegar ao golo. Tentámos sempre jogar à bola, procurando a baliza.

Na segunda parte, e depois de corrigir-mos algumas situações, entrámos convencidos que se fizéssemos o primeiro golo, poderíamos chegar ao empate ou mesmo vencer.

A minha equipa acreditou até ao último segundo e acaba por sair daqui com um ponto. Tenho muito respeito pelo União, pois é uma excelente equipa, com jogadores interessantes na frente, que nos complicaram sempre a vida.

Mas em grande parte da segunda parte, o União abdicou um pouco, talvez um bocadinho cedo, fazendo algum anti-jogo, daí o árbitro ter dado os seis minutos de descontos. Queríamos e conseguimos disputar o jogo até ao fim, tentando ganhar o jogo.

Acaba por ser um ponto merecido para nós, por aquilo que fizemos. Tenho de realçar o espírito da minha equipa, que mesmo depois dos últimos resultados, acreditou sempre, num jogo frente a um adversário direto na luta pela permanência. Tivemos raça e é isso que representa o Vitória que é um grande clube e que merece que as camisolas sejam sempre transpiradas".