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Carlos Sá prepara travessia da Gronelândia na ultramaratona Arrowhead 135

O português Carlos Sá vai preparar a travessia da Gronelândia, prevista para maio, nos cerca de 217 quilómetros da ultramaratona norte-americana Arrowhead 135, no Minnesota, a partir de segunda-feira.

Carlos Sá prepara travessia da Gronelândia na ultramaratona Arrowhead 135

“Esta prova faz parte do circuito norte-americano de 135 milhas [cerca de 217 quilómetros], do qual faz parte a Badwater, e já estava na minha agenda há algum tempo. Gosto de desafios e, além da vertente competitiva, vou participar com uma lógica de preparar a travessia da Gronelândia, que deverei fazer na última quinzena de maio”, afirmou o ultramaratonista de Barcelos, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o sítio oficial da Arrowhead 135, ao longo da prova podem registar-se temperaturas entre os 30 e 40 graus negativos.

“Esta é uma corrida que tem de ser feita em autonomia total, ou seja, tenho de levar comigo todo o equipamento, como é o caso de tenda e saco-cama para estas temperaturas negativas, mas também alimentação, termos, fogão e gás, porque, em alguns casos, vou ter de derreter gelo para ter água quente. Na prática vou levar à cintura um total de 15 quilogramas, numa espécie de trenó, semelhante ao que vou usar na Gronelândia. Vai servir para experimentar os materiais e fazer correções”, referiu Carlos Sá.

O ultramaratonista luso, de 42 anos, apontou como objetivo “concluir este grande desafio”, admitindo que “seria tanto melhor conseguir uma boa classificação”.

Além de Carlos Sá, também o português João Filipe Neto vai aventurar-se na Arrowhead 135, mas na vertente de esqui, igualmente para preparar a travessia da Gronelândia, que ambos vão enfrentar.

“O João Filipe Neto vai aproveitar para fazer um treino mais intenso, mas certamente que vai ajudar ter amigos e portugueses na prova. Também me vai acompanhar na Gronelândia, cujo percurso vai ter de ser feito totalmente em esqui”, salientou o vencedor da Badwater em 2013, que volta a competir no estrangeiro depois de ter desistido na brasileira Jungle Marathon.

De acordo com Carlos Sá, “nada fazia prever o que aconteceu na Jungle, que já se realiza há alguns anos”.

“Se eu não estivesse lá e não tivesse dado o alerta, acho que tinha ficado confinado aos participantes. Os desafios já são extremos por si só, pelo que não podemos correr riscos de vida com coisas que são evitáveis se houver uma boa organização. Se, na Jungle, me têm dito que tinha de fazer a prova em autossuficiência tinha levado uma arma por causa dos animais selvagens que se encontravam”, explicou.

Sá acrescentou ainda que vai voltar a disputar a Maratona das Areias, entre 05 e 11 de abril, e que, depois de enfrentar o desafio na Gronelândia, vai alinhar no Campeonato do Mundo de Ultra-Trail, coincidente com a prova francesa MaXi-Race, entre 29 e 31 de maio, remetendo para mais tarde uma decisão sobre a eventual presença na Badwater e no Ultra-Trail du Mont-Blanc.

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